| 10/08/2005 16h49min
A polêmica lista obtida pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS) e que causou discussões entre os membros das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) dos Correios e do Mensalão hoje, conteria 105 depósitos que teriam sido feitos por Marcos Valério a políticos de Minas Gerais em 1998. No topo da lista dos tucanos beneficiados estaria o atual governador de Minas Gerais, Aécio Neves.
Em 1998, Aécio foi candidato a deputado federal e, segundo a nova lista, teria recebido R$ 647 mil. Nos papéis apareceriam políticos de mais 14 partidos diferentes, inclusive o PT. Porém, não aparecem os nomes dos petistas que teriam sido beneficiados. De acordo com a lista, o partido teria recebido R$ 850 mil.
O advogado de Valério, Marcelo Leonardo, garantiu que não entregou a lista ao deputado Pimenta. A aparição da lista causou muita confusão e bate-boca no início da reunião conjunta das CPIs. Pimenta admitiu ter a lista depois que o deputado Julio Redecker (PSDB-RS) contou tê-lo flagrado entrando no carro de Valério. O deputado do PT não negou o encontro, que teria como fim a entrega da lista, que, por sua vez, seria repassada como documento oficial às comissões.
Deputados de oposição protestaram. Afirmaram, principalmente, que Pimenta não poderia ter pego a lista informalmente no carro do empresário. O presidente da CPI do Mensalão, Amir Lando (PMDB-RO), chegou a interromper a sessão. Pimenta, que é vice-presidente da CPI, tentou mudar a versão, alegando que a lista, na verdade, tratava-se do mesmo documento apócrifo que havia circulado na tarde de terça durante o depoimento de Valério.
As informações são da Agência O Globo.
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