| 03/08/2005 20h59min
Duas notas divulagadas hoje negaram que o empresário Marcos Valério tenha atuado como emissário do governo brasileiro junto ao governo português. Primeiro, o empresário confirmou a estada em Portugal em 2004, quando visitou o então ministro de Obras Públicas, António Mexia, a quem foi apresentado por Miguel Horta e Costa, presidente da Portugal Telecom. No entanto, negou que tenha sido recebido como consultor ou representante da Presidência da República ou de qualquer órgão do governo brasileiro. Nesta noite, o Palácio do Planalto também negou a informação em nota oficial.
Na nota, a Presidência da República "nega enfaticamente que Marcos Valério tenha sido em qualquer momento autorizado a apresentar-se como consultor do presidente do Brasil junto ao governo português ou em qualquer outra situação". O governo diz ainda que a representação do governo no Exterior "se dá exclusivamente pela indicação formal, com endosso oficial, o que nunca ocorreu".
O Planalto explicou ainda que a embaixada do Brasil em Portugal não intermediou qualquer audiência com o então ministro de Obras Públicas português António Mexia e afirmou que está entrando em contato com ele para buscar os esclarecimentos necessários. Na nota, o governo não descarta tomar medidas judiciais para processar os responsáveis por essas denúncias.
– Após esses esclarecimentos (o contato com o ex-ministro protuguês), as medidas judiciais cabíveis serão tomadas em face dos responsáveis por eventuais acções indevidas – diz a nota.
Marcos Valério, por sua vez, confirmou que esteve novamente em Portugal, em janeiro de 2005, acompanhado do ex-tesoureiro do PTB Emerson Palmieri para encontro com Miguel Horta e Costa, que não pôde recebê-lo por problemas de agenda.
Segundo Valério, a viagem tinha como objetivo "a prospecção de contas de publicidade, uma vez que a Portugal Telecom estaria interessada em adquirir, através da Vivo, a Telemig, operadora de telefonia celular de Minas Gerais, que é cliente da SMP&B Comunicação e da DNA Propaganda".
O empresário esclarece ainda que não tem conhecimento e não participou de suposta reunião, realizada em janeiro último, em Brasília, entre membros do governo federal e Ricardo Salgado, do Banco Espírito Santo. Na nota, Valério lamenta que, "neste momento difícil pelo qual passa o país, algumas pessoas insistam em usá-lo para se autopromoverem politicamente".
As informações são da Agência O Globo.
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