| 03/08/2005 19h13min
O deputado federal José Dirceu (PT-SP) não quis comentar a informação de que o empresário Marcos Valério teria sido recebido pelo ex-ministro de Portugal António Mexia como consultor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a pedido de Miguel Horta e Costa, presidente da Portugal Telecom.
Indagado sobre o assunto, Dirceu disse que ainda é cedo para falar e que é preciso saber se a informação é verdadeira.
– Ainda é muito cedo para falar disso. Vamos esperar para ver se se confirma – afirmou.
Mexia afirmou, em entrevista ao jornal Expresso publicada na edição de 16 do mês passado, que recebeu "o senhor Marcos Valério, na qualidade de consultor do Presidente do Brasil e a pedido de Miguel Horta e Costa", presidente da empresa Portugal Telecom. Mexia foi ministro de Obras Públicas, Transportes e Comunicações de Portugal de julho do ano passado a março deste ano.
Ele disse que foi um encontro de cortesia que durou de 10 a 15 minutos, no qual tiveram "conversa de circunstância". Ele disse também que, se for convocado pela CPI dos Correios, como quer o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), estará à disposição da comissão.
Ontem, o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) acusou Dirceu de ter intermediado um encontro entre emissários do PT e do PTB com a Portugal Telecom com a finalidade de resolver problemas de caixa de campanha.
António Luís Guerra Nunes Mexia foi administrador do Banco Espírito Santo Investmento entre 1990 e 1998. Segundo Jefferson, houve uma tentativa de transferir para o banco as reservas internacionais do Instituto de Resseguros do Brasil, transação que renderia comissão para o PT e o PTB. O banco tem participação na Portugal Telecom.
As informações são da Agência O Globo.
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