| 03/08/2005 10h58min
Uma das maiores sacadoras das contas de Marcos Valério no Banco Rural começou a depor na manhã de hoje à CPI dos Correios. A gerente financeira da empresa SMP&B, Simone Vasconcelos, deve confirmar a lista de 31 pessoas que receberam R$ 55,8 milhões das contas das empresas de Marcos Valério de Souza, a partir de janeiro de 2003. A depoente chegou a pedir nesta manhã que a sessão fosse fechada, mas os parlamentares optaram por realizar o depoimento aberto.
Simone confirmou a relação dos sacadores nos bancos BMG e Rural em depoimento em Brasília, na segunda. Na lista, constam nomes como o do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que renunciou ao mandato de deputado federal na segunda. Também há pessoas ligadas ao publicitário Duda Mendonça e os diretórios nacional e gaúcho do PT.
Simone confirmou que Valério repassou dinheiro para Zilmar Fernandes da Silveira, sócia do publicitário Duda Mendonça, responsável pelo marketing da campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002. Os valores teriam sido retirados pelo policial civil de Minas Gerais David Rodrigues Alves, segundo maior sacador de recursos das contas no Banco Rural. Sozinho, teria sacado R$ 4,9 milhões entre fevereiro e maio de 2003.
Um dos objetivos de hoje da CPI é determinar a participação de Roberto Marques, o Bob, assessor informal do deputado José Dirceu (PT-SP). Simone negou à PF que Marques estivesse entre os sacadores. A CPI dos Correios obteve um documento em que uma pessoa chamada Roberto Marques teria recebido autorização para fazer um saque de R$ 50 mil.
– Existe um fax da Geiza (Dias dos Santos, auxiliar de Simone) comunicando que a Simone pode retirar R$ 350 mil no Rural. Atrás do documento, escrito à mão, tem os nomes de Joseval, Marques, Magela e Manoel – explicou o relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).
Prestará depoimento também o policial civil mineiro David Rodrigues Alves, acusado de ter efetuado saques de mais de R$ 4 milhões. Os depoimentos serão realizados na sala 2, da ala senador Nilo Coelho, no Senado, em Brasília.
Com informações da Zero Hora e Agência Brasil.
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