| 02/08/2005 20h
A gerente administrativa da SMP&B, Simone Vasconcelos, disse em depoimento à Polícia Federal que o esquema de repasse de recursos ao PT e seus aliados foi alterado em 2004 por determinação do empresário Marcos Valério. O sistema de saques em dinheiro na agência Brasília do Banco Rural, iniciado em janeiro de 2003, foi substituído no ano passado por depósitos nas contas da empresa Bônus Banval, quando o dinheiro era destinado ao PT, e para a Garanhuns Empreendimentos, Intermediações e Participações Ltda, quando destinados ao ex-deputado Valdemar Costa Neto (PL-SP), que renunciou ao mandato.
A gerente administrativa, que será ouvida amanhã na CPI dos Correios, revelou ainda a conexão do publicitário Duda Mendonça com o esquema de saques montado por Marcos Valério. De acordo com Simone, seguindo orientação da sócia do publicitário, Zilmar Fernandes da Silveira, a SMP&B autorizava o policial civil David Rodrigues Alves a sacar recursos no Banco Rural em seu lugar.
Identificado como o segundo maior sacador das contas da SMP&B, o policial também será ouvido nesta quarta na CPI dos Correios. A informação de que Duda Mendonça terua recebido mais de R$ 15 milhões surpreendeu integrantes da CPI.
– Realmente é uma quantia muito elevada recebida por Duda Mendonça. Mas o mais importante do conjunto do depoimento de Simone é que ela confirma a existência do mensalão, na medida em que revela que os saques não eram esporádicos, mas periódicos – observou o deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ).
As informações são da Agência O Globo.
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