| 13/07/2005 21h19min
Desde que o Atlético-PR superou o Chivas, do México, na semifinal da Copa Libertadores, o técnico Antônio Lopes começou a usar qualquer atitude ou declaração que partisse do São Paulo para motivar a sua equipe para os jogos decisivos da competição. Primeiro foi a brincadeira do atacante Amoroso, que havia sugerido a mudança do nome do estádio tricolor de Morumbi para “Morumtri”, em alusão à possível terceira conquista continental do clube paulista. Depois foi a não-liberação da Arena da Baixada para o primeiro jogo final.
Conhecendo as artimanhas de Lopes, os são-paulinos estão cautelosos. Todos evitam qualquer declaração que possa gerar polêmica ou soar provocativa aos rivais. De acordo com a assessoria de imprensa do clube, a atitude partiu dos próprios atletas, muitos deles que já trabalharam com Lopes, e da comissão técnica do clube.
– Esse tipo de artifício é muito antigo no futebol. Não estão pegando o que falamos, estão distorcendo tudo. Tem gente inventando notícia. Para cima de mim, não – afirmou o técnico Paulo Autuori.
Os próprios atletas já sabem que esse tipo de situação é normal e não se abalam. Para o atacante Luizão, é até melhor entrar em campo com a pressão do favoritismo que está sendo atribuída ao São Paulo.
– Quanto mais responsabilidade, melhor. Isso me motiva mais. Eu já trabalhei com o Lopes e sei que ele faz bastante isso, usa tudo o que os outros falam para motivar os atletas – disse o atacante.
O meia Souza compartilha da opinião e diz que os atletas não estão preocupados com a imagem de “time malvado” que Lopes está querendo passar ao São Paulo, especialmente no episódio da proibição da Arena da Baixada para o primeiro jogo da final.
– Não é culpa nossa, problema é a diretoria deles, que não colocou um estádio em condições. Nosso papel é entrar e jogar bola. Respeitamos muito o Atlético-PR – afirmou.
Até mesmo para o auxiliar técnico Milton Cruz esse tipo de artifício fora de campo não atrapalha. Muito pelo contrário.
– Estamos fazendo nossa parte e jogando com o regulamento. Qualquer coisa que tentarem fora de campo só vai nos motivar. Nosso ônibus foi apedrejado na Argentina e jogamos ainda com mais raiva para ganhar o jogo. Não vão ser essas provocações que vão nos atrapalhar. O time está vacinado quanto a isso – disse.
O lateral Júnior foi outro que se referiu a qualidade do Atlético-PR e o respeito com que o time do São Paulo encara o rival.
– São muito bons, bateram o Santos na Vila Belmiro, eliminaram o Chivas, que tinha tirado o Boca. Sabemos da qualidade deles, mas vamos jogar para ganhar. O pessoal já conhece o Lopes aqui, sabe que ele sempre faz isso – disse.
Para o goleiro Rogério Ceni, não são necessários artifícios extra-campo e provocações para empolgar a equipe nessa final.
– Só o fato de jogar uma partida importante como essa já é motivação suficiente. Nem estou sabendo se estão usando qualquer coisa dessas lá no Atlético-PR. Nem penso nisso – afirmou o goleiro.
Com informações da Agência Placar.
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