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 | 09/07/2005 18h39min

Dennis recupera força no Golfo do México e já afeta a Flórida

Furacão já deixou 20 mortes na passagem por Jamaica, Haiti e Cuba

O furacão Dennis está aumentando de força conforme adentra o Golfo do México, e já ameaça os Estados do sudeste dos EUA, depois de ter deixado cerca de vinte mortos durante sua passagem por Jamaica, Haiti e Cuba.

Mais de um milhão de pessoas já começaram a abandonar suas casas, em uma região que embarca o noroeste da Flórida e o sul de Alabama, Mississippi e Louisiana, onde o ciclone é esperado para a noite de domingo ou madrugada da segunda-feira.

Dennis não atingiu diretamente a Flórida hoje, mas seus ventos e chuvas periféricas - alguns com força de furacão (mais de 119 Km/h) e outros com intensidade de tempestade (entre 63 e 119 Km/h) - afetaram especialmente os condados de Monroe, Miami-Dade e Broward, os mais ao sul da península, assim como a costa oeste do Estado.

Os meteorologistas do Centro Nacional de Furacões (CHN, na sigla em inglês), com sede em Miami, calculam que o olho do ciclone transite a uma distância de 100 a 300 quilômetros da costa oeste da Flórida até tocar terra.

O rádio dos ventos do Dennis se estendem a 55 quilômetros de seu centro, enquanto que os de tempestade tropical alcançam os 280 quilômetros ao redor do olho do furacão.

O Dennis diminuiu sua intensidade ao deixar Cuba, onde passou com ventos de mais de 240 Km/h (categoria quatro na escala Saffir Simpson, que chega a cinco).

Hoje a força de seus ventos é de 161 Km/h (categoria dois), mas o CHN calcula que se fortaleça novamente nas próximas horas, até ser novamente um "ciclone maior", de categoria três ou superior, antes de tocar de novo terra.

As autoridades da Flórida, que declararam estado de emergência, informaram que cerca de 210 mil casas estão sem energia elétrica, mas não informaram sobre vítimas nem danos de consideração no estado, principalmente em Los Cayos da Flórida, onde as rajadas hoje foram superiores a 180 km/h e de onde foram evacuadas cerca de 60.000 residentes e turistas.

A base aérea de MacDill, sede do comando norte das forças armadas dos EUA e situada na cidade de Tampa (litoral centro oeste da Flórida) teve que transferir seus aviões à de McConnell, no Kansas.

Ao redor de 3,0% das plataformas de extração de petróleo situadas no Golfo do México foram evacuadas, numa medida preventiva ao Dennis.

No entanto, no litoral centro este, em Cabo Canaveral, os diretores da Nasa (agência espacial americana) calcularam que o furacão não afetará seriamente a região e decidiram deixar o ônibus espacial Discovery em sua plataforma, de onde deve ser lançado na próxima quarta-feira.

Além disso, os aeroportos internacionais de Miami e Fort Lauderdale, ao sul da Flórida, não foram fechados.

Mais de um milhão de moradores de Panamá City, Fort Walton e Pensacola (Flórida), Mobile (Alabama), Biloxi (Mississippi) e Nova Orleans (Louisiana) começaram a abandonar suas casas.

Muitos deles com a lembrança ainda latente da tempestade Cindy, que esta semana afetou a região, e do poderoso furacão Iván, que a devastou no ano passado.

De acordo com o boletim mais recente do CHN, às 14h00 de Brasília, o Dennis estava localizado a cerca de 200 quilômetros ao oeste de Cayo Hueso e cerca de 740 quilômetros de Pascagoula, no Mississippi.

Dennis, o primeiro furacão da temporada atlântica - iniciada em 1º de junho e que termina em 30 de novembro - matou ao menos vinte pessoas em Haiti, Jamaica, e Cuba, causando prejuízos de milhões de dólares.

As informações são da agência EFE.

 

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