| 09/07/2005 08h30min
A Itália estuda a aprovação de leis especiais para acelerar as expulsões de suspeitos e permitir procedimentos de investigação excepcionais, a fim de enfrentar a ameaça terrorista após os atentados de Londres. Com um lacônico "agora veremos", o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, falou neste sábado sobre essa possibilidade, adiantada pelo ministro do Interior, Giuseppe Pisanu, ao presidente da República, Carlo Azeglio Ciampi.
Pissanu explicou a Ciampi os acordos adotados na reunião extraordinária do Comitê Nacional de Ordem Pública e Segurança, na qual foram constatados os temores de que a Itália seja o alvo seguinte do terrorismo islâmico por sua presença militar no Iraque.
As remodelações da leis vigentes teriam como objetivo permitir expulsões rápidas de estrangeiros suspeitos de ligação com grupos terroristas ou com seu entorno e procedimentos excepcionais para realizar investigações consideradas sensíveis.
O governo também estuda colocar em prática um antigo projeto para criar uma Procuradoria antiterrorista vinculada a um grupo de juízes especializados nesta matéria.
Enquanto se avança nesta direção, as forças de segurança italiana redobraram seu sistema de vigilância e controle que abrange mais de 13 mil pontos, entre eles os principais aeroportos do país, como os de Roma e Milão.
Neste sábado o terminal C do aeroporto Fiumicino, de Roma, foi esvaziado após um falso alarme deflagrado por um passageiro que abandonou momentaneamente sua bagagem.
Entre os lugares mais vigiados pelos 19 mil agentes das diversas polícias e 2,5 mil militares está o Vaticano, onde foram adotadas medidas que afetarão os costumes do Papa. Segundo diversas informações, o papa Bento XVI deixará de utilizar o carro descoberto com o qual se movimenta pela Praça de São Pedro durante as audiências gerais.
As informações são da agência EFE.
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