| 08/07/2005 11h41min
Em pronunciamento realizado nesta manhã ao final da Cúpula do G-8, reunida na Escócia, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, anunciou o cancelamento das dívidas dos países africanos com os componentes do grupo. O G-8 é composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia.
Ao ler o comunicado do grupo, Blair afirmou que o G-8 dobrará a ajuda à África, repassando US$ 50 bilhões aos países do continente nos próximos anos. O primeiro-ministro agradeceu a solidariedade que inúmeras nações transmitiram ao povo britânico após o terror causado pelos atentados de ontem em Londres.
O G-8 teme como principal foco das negociações, segundo Blair, a questão climática no mundo. A cúpula não conseguiu superar as discordâncias em relação ao Protocolo de Kyoto, que estabelece medidas e datas para a redução da emissão de gás carbônico. O presidente norte-americano, George Walker Bush, não assinou o tratado e é contra o estabelecimento de metas.
Os oito países garantiram que irão apoiar e treinar mais de 20 mil soldados das tropas da Organização das Nações Unidas para tentar reverter os conflitos no continente. Mas, ele pediu à África que busque a democracia e a valorização dos valores fundamentais e éticos da sociedade moderna.
Blair diz que os líderes chegaram a um acordo, contudo, para a necessidade imediata de que o tema mudanças climáticas deve ser enfrentado com urgência. Estados Unidos, China e Índia colocaram oposições às idéias de reverter as emissões de gases e não houve consenso sobre o assunto.
Outro ponto controverso nas discussões foi a questão dos subsídios agrícolas pagos por alguns países a seus produtores para enfrentar o mercado externo. Os países do G-8 comprometeram-se a acabar com os subsídios, estabelecendo como data limite para isso o ano de 2010.
Blair finalizou seu pronunciamento anunciando novos encontros da cúpula do G-8 no dia 1° de novembro, na Grã-Bretanha e, em 2006, na Rússia. Os líderes ainda reforçaram sua cooperação contra o terrorismo e a intenção de promover melhores normas de segurança para ferrovias e metrôs dos países.
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