A manhã desta quarta, dia 7, foi novamente de instabilidade no mercado financeiro nacional. Os ataques terroristas em Londres foram um ingrediente a mais, em um ambiente já negativamente afetado pela crise política.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou a manhã em baixa de 0,90%, com o Índice Bovespa em 24.294 pontos e R$ 480 milhões em negócios.

O dólar chegou a atingir a máxima de R$ 2,414 na ponta de venda (alta de 0,79%), mas enfrentou resistência ao novo patamar e recuou. A moeda encerrou o período em baixa de 0,37%, cotada a R$ 2,384 na compra e R$ 2,386 na venda. Além disso, a cotação sofreu influência externa, já que o dólar se desvalorizou frente ao euro.

Segundo analistas, a valorização da moeda européia esteve mais ligada à manutenção dos juros da região, decidida pelo Banco Europeu. Alguns analistas esperavam um corte de juros, para incentivar a economia local, que poderia provar migração de recursos para outros mercados.

– O atentado em si não chegou a gerar nervosismo nos mercados. O que acontece é que os investidores começam a estudar os desdobramentos do fato, como a possibilidade de queda na procura por passagens aéreas e uma desaceleração econômica - disse um profissional de uma corretora paulista.

Entre os destaques da manhã esteve o resultado do IGP-DI, que apresentou deflação de 0,45% em junho, contra queda de 0,25% em maio. A produção industrial do país abandonou a estabilidade e cresceu 1,3% em maio. Em relação a maio de 2004, houve alta de 5,5%.

No cenário político, as atenções se voltam ao depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios de Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária do publicitário Marcos Valério.

Entre as 55 ações do Índice Bovespa, as maiores baixas no final da manhã eram de Telesp Celular Participações PN (-3,25%) e Acesita PN (-3%). As maiores altas ficaram com Eletrobrás PNB (+1,85%) e Light ON (+1,31%).

As informações são da agência O Globo.