| 17/06/2005 12h22min
A Polícia Federal (PF) deve encaminhar, ainda nesta sexta, dia 17, cópia do inquérito das investigações do suposto esquema de corrupção na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios no Congresso Nacional. Um grupo de 12 representantes da PF, da Receita Federal e do Tribunal de Contas da União (TCU) já está trabalhando na CPI. A equipe conta, também, com um advogado criminalista e um assistente comercial para auxiliar os parlamentares nas investigações.
Na primeira parte das investigações, concluída nessa quarta, dia 15, a PF concluiu que o mandante da fita divulgada na imprensa, que mostra o ex-funcionário dos Correios Maurício Marinho recebendo R$ 3 mil em propina, é o empresário Arthur Washeck Neto.
Washeck disse que gravou a fita por motivos comerciais e não políticos. Ele é dono da Comercial Alvorada de Manufaturados (Comam), empresa que fornecia material de saúde e informática para os
Correios. Washeck afirmou que
resolveu denunciar o esquema de corrupção porque se sentia prejudicado por supostas fraudes nas licitações da empresa.
Agora, a Polícia Federal passa para uma fase de análise dos contratos dos correios. Tanto a polícia quanto a Controladoria-Geral da União (CGU) analisam 600 contratos feitos nos últimos dois anos pelos Correios. O objetivo é apurar possíveis fraudes nos contratos.
Nessa quinta, dia 16, o ex-agente do Serviço nacional de informações (SNI), José Fortuna Neves, prestou o segundo depoimento à PF. Neves disse que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) investigava os Correios a pedido da Casa Civil.
O deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, também será ouvido pela PF. Por ter foro privilegiado, Jefferson poderá escolher a data e o local da oitiva.
As informações são da Agência Brasil.
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