| 17/06/2005 00h17min
O senador Jorge Bornhausen (PFL-SC), presidente da sigla, divulgou nota na noite desta quinta, 16, em que critica o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por garantir a continuidade de José Dirceu no governo mesmo depois do caso Waldormiro Diniz.
Em fevereiro de 2004, Waldomiro, homem de confiança de Dirceu, foi exonerado do cargo de subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República por suspeita de negociatas com bicheiros em troca de contribuições para campanhas.
Na nota, o PFL defende não só a troca de titulares de ministérios do governo Lula, mas a extinção de 15 pastas. Para o partido, ainda é necessário que Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura supsotas irregularidades nos Correios não sofra restrição.
José Dirceu anunciou a renúncia ao cargo de ministro chefe da Casa Civil nesta quinta. Ele é acusado de ter ligação com um suposto esquema de pagamento de mesadas, o mensalão, a deputados do PP e do PL, integrantes da base aliada.
• Confira a íntegra da nota do PFL
"1) O ministro José Dirceu deveria ter deixado o Governo por ocasião do escândalo envolvendo Waldomiro Diniz, funcionário que trabalhava sob sua responsabilidade e, ao mesmo tempo, fazia cooptação na Câmara dos Deputados.
2) Só um presidente da República sem autoridade e subjugado aos interesses menores do seu partido poderia ter permitido a continuidade do deputado José Dirceu à frente da Casa Civil.
3) Não basta tirar ministros. É preciso agir de maneira firme, é preciso extinguir os 15 ministérios que o presidente Lula criou.
4) Se quiser tentar merecer novamente o respeito da sociedade, o presidente Lula tem de buscar, para compor o governo, as figuras mais ilustres do País, sem qualquer vinculação partidária.
5) Novos acordos e conchavos serão rechaçados pela sociedade, que está alarmada com a lama da corrupção que nasceu no Poder Executivo.
6) Nada poderá restringir os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que deverá apurar os escândalos e as irregularidades. E todos os culpados terão de ser punidos."
As informações são da Agência Brasil.
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