| 12/06/2005 22h18min
O PT montou um grupo para gerenciar a crise política agravada neste fim de semana pelas novas denúncias feitas pelo deputado federal Roberto Jefferson. Duas táticas já estão praticamente definidas: uma ofensiva pública contra a corrupção na política e um trabalho interno de esclarecimento sobre o papel do tesoureiro do partido, Delúbio Soares.
O domingo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi dedicado a uma maratona de reuniões para discutir a reação à última entrevista de Jefferson. A função começou cedo em Brasília. O primeiro a chegar à Granja do Torto para encontro com Lula foi o ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo. O carro do ministro atravessou o portão da granja no início da manhã e saiu por volta do meio-dia.
Também estiveram na residência o ministro da Secretaria de Comunicação de Governo, Luiz Gushiken, e o secretário particular do presidente, Gilberto Carvalho. O chefe da Casa Civil, José Dirceu, e o presidente do PT, José Genoino
saíram da Granja do Torto
somente após as 22h.
Lula vai voltar a abordar o tema dos escândalos de corrupção envolvendo o governo e seu partido, o PT, e a necessidade de apuração em seu programa " A palavra do presidente", na manhã desta segunda, dia 13.
Um conselho político da executiva nacional do PT tem reunião marcada para as 19h desta segunda, em Brasília.
– A reunião vai servir para combinar movimentos coordenados de defesa do partido. O caso será mais um episódio onde tentaram nos difamar, como o caso Lubeca, a idéia de que nós mandamos matar o prefeito Celso Daniel e tantos outros – disse um dirigente petista.
Outra estratégia será usar as CPIs e a própria campanha para atacar também o PSDB, revelou o petista. A insistência do PT na campanha pela reforma política visa também a resgatar escândalos que envolveram os governos tucanos.
Com informações do jornal Zero Hora e do Globo Online.
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