Apesar das recentes discussões públicas com Romário, Pelé demonstrou apoio à decisão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de homenagear o atacante do Vasco com uma despedida oficial da seleção brasileira no amistoso do dia 27 deste mês contra a Guatemala em São Paulo. Falando após jantar na Escola de Magistratura do Rio de Janeiro na noite dessa segunda, dia 18, em que promoveu a exibição do documentário Pelé Eterno, o ex-jogador afirmou que Romário merece uma festa de despedida.

– É uma homenagem maravilhosa por tudo que ele tem feito e fez pelo futebol. Se bobear, do jeito que o baixinho sabe, vai meter um gol lá – disse Pelé.

No início deste ano, Romário afirmou que Pelé calado era um poeta e que deveria colocar um sapato na boca depois que o Atleta do Século sugeriu que o baixinho deveria encerrar sua carreira. No dia seguinte, depois de Pelé afirmar que era um fã de Romário e que não havia dito para ele se aposentar, Romário pediu desculpas pelas ofensas.

Sobre a recente onda de racismo no futebol, que na semana passada causou grande polêmica no país com a prisão do argentino Leandro Desábato após ofensa racista ao atacante do São Paulo Grafite, Pelé comentou que o caso pode ser uma lição ao futebol internacional. Entretanto, o ex-jogador e ex-ministro dos Esportes afirmou não acreditar que o racismo dentro dos campos um dia seja extinto, já que faz parte do jogo desde os seus tempos.

– Acho que talvez tenha sido uma coisa boa para se coibir o racismo, mas isso não vai acabar porque no calor da disputa vão continuar falando estas coisas – disse Pelé, que lembrou ainda de incidentes racistas contra ele.

Com informações da agência Reuters.