| 22/03/2005 17h40min
A estiagem que assola o sul do país já provocou perdas próximas a 17% na produção total de grãos do Paraná. A expectativa de produção estimada em 28 milhões de toneladas já foi reduzida para 24 milhões de toneladas. A região mais afetada é o Sudoeste, com perdas de até 55% nas lavouras, mesmo patamar atingido pelo Rio Grande do Sul, Estado mais prejudicado pela seca este ano.
Com o agravamento das condições climáticas os prejuízos já atingiram R$ 2,1 bilhões. Conforme o governador em exercício, Orlando Pessuti, esses recursos que deixam de circular na economia paranaense terão reflexos negativos no comércio e indústria do Interior. O total previsto para o Valor Bruto da Produção (VBP) gerado pela agropecuária já é menor do que o do ano passado. O VBP baixou de R$ 28 bilhões para R$ 27,6 bilhões este ano, oriundo da safra 2004/2005.
O balanço atualizado das perdas provocadas pela estiagem na agricultura foi apresentado em reunião de secretariado realizada nesta terça, dia 22, pelo secretário da Agricultura em exercício, Newton Pohl Ribas. Ele destacou as ações do governo do Estado para minimizar os efeitos da estiagem no Paraná. A Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar) e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) colocaram suas máquinas à disposição dos municípios mais prejudicados para abertura de açudes e das áreas de captação de água. O governo também vai distribuir sementes e calcário aos produtores mais pobres para o plantio da próxima safra.
Os técnicos da Emater/PR estão percorrendo as propriedades e intensificando a execução dos laudos que permitem aos agricultores recorrerem ao seguro agrícola. Segundo Ribas, no Paraná aproximadamente 119 mil pequenos produtores inscritos no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) têm direito ao seguro do Proagro.
Os agricultores mais pobres, que plantaram sem financiamento do Pronaf, também serão amparados, anunciou Pessuti. Os governos estadual e federal estão negociando os valores da bolsa-estiagem que deve atender, numa primeira estimativa, de 10 a 12 mil agricultores no Paraná.
O milho da safra normal teve prejuízo de R$ 136 milhões. A produção inicial estimada em 7,2 milhões de toneladas foi reduzida para 6,7 milhões de toneladas, uma quebra de 7% na produção. O clima prejudicou também o plantio do milho safrinha, que deverá ter uma quebra de 9,8%, correspondente à perda de 335 mil toneladas. A produção estimada foi reduzida de 3,4 milhões de toneladas para 3,07 milhões de toneladas.
As informações são do governo do Paraná.
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