A Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar na Região Sul (Fetraf-Sul) e a Via Campesina apresentaram nesta segunda, dia 21, duas reivindicações principais ao comitê de gerenciamento da estiagem no Rio Grande do Sul.

As entidades querem prioridade no atendimento às famílias de agricultores não segurados atingidos pela seca no Estado e que estão com sua sobrevivência comprometida, e ajuda para os produtores que não puderam plantar por falta de umidade e para os enquadrados no Pronaf “D” e “E” que tiveram perda expressiva e estão com as condições produtivas altamente prejudicadas.

Segundo o delegado federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no RS, Nílton Pinho de Bem, uma reunião técnica marcada para as 15h desta terça, dia 22, trabalhará na definição dos critérios de auxílio também a esses dois grupos.

– O comitê irá definir a forma de apoio e deve apresentar, até a próxima semana, as normas de auxílio aos prejudicados pela seca – destacou.

A quantidade de famílias que terão direito ao auxílio de emergência será conhecida apenas na semana que vem, mas um levantamento feito pela Emater/RS estima que 130 mil não estejam amparadas pelos programas do MDA, como o Seguro da Agricultura Familiar, e estão com a sobrevivência comprometida.

Ari Pertuzatti, da coordenação da Fetraf-Sul, enfatizou que os trabalhadores esperam que o governo do Estado também disponibilize recursos para as famílias.

– Nosso entendimento é que todos os prejudicados precisam de ajuda, mas principalmente os que não têm nenhuma cobertura de seguro – avaliou.

Participam do grupo de trabalho os ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA), Integração Nacional (MIN), e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), além da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Secretaria Estadual de Agricultura, Emater, Gabinete da Reforma Agrária e Cooperativismo e a Secretaria Estadual de Obras Públicas.

As informações são do Ministério do Desenvolvimento Agrário.