| 18/03/2005 14h48min
O aumento na umidade do solo provocado pelas chuvas dos últimos dias no Rio Grande do Sul está possibilitando o rebrote dos campos nativos e das pastagens cultivadas de verão, bem como viabilizando o plantio das de inverno. De imediato os campos irão reverdecer, mas como eles estão raspados será necessário algum tempo até que haja uma brotação significativa.
De acordo com os técnicos da Emater/RS-Ascar, a grande expectativa é saber se haverá tempo e condições para a recuperação dos pastos antes que as temperaturas comecem a baixar. A cultura da alfafa, tradicional atividade da pequena propriedade familiar da região das Missões, também deve ser beneficiada pelas precipitações. Espera-se a melhoria do rebrote das lavouras cortadas, além do fim da morte das plantas pela falta de umidade e diminuição do ataque de pulgões e brocas.
A bovinocultura leiteira é uma das grandes beneficiadas pelas chuvas. Com o reverdecimento dos pastos a produção leiteria deve começar a reagir. Mas para que ela volte à normalidade é preciso que as forrageiras se recuperem, e isso vai demandar algum tempo. O importante agora é que as condições de umidade do solo propiciam o plantio das pastagens de inverno, especialmente da aveia, que em pouco mais de 45 dias permitirá pastoreio se as condições climatológicas se regularizarem.
Por enquanto o quadro ainda é de grande dificuldade para o fornecimento de forragem aos rebanhos, pois os estoques de silagem são de baixa qualidade e estão se esgotando. Isso vai exigir maior nível de suplementação alimentar, aumentando os custos de produção. No momento a saída tem sido o pastoreio das lavouras de soja que foram perdidas.
Com relação à bovinocultura de corte o prejuízo maior foi a diminuição da ocorrência de cios nas vacas, uma vez que a estiagem coincidiu justamente com o período de acasalamento dos rebanhos de cria e certamente vai se refletir na diminuição da taxa de natalidade. A expectativa é uma diminuição em torno de 20 pontos percentuais. Outro problema foi a diminuição do ganho de peso e, em alguns casos, até mesmo a perda de peso dos animais.
As informações são da Emater/RS.
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