A decisão tomada durante reunião do Fórum Nacional de Pecuária de Corte (FNPC), realizada na última sexta em Goiânia, já surte os primeiros efeitos. Conforme Fabiano Tito Rosa, da Scot Consultoria, as escalas de abate em Goiás estão curtas e os pecuaristas estão evitando vender animais.

– Em várias praças os compradores estão negociando preço e prazo – afirma Rosa, garantindo que o mercado está oferecendo sinais que há espaço para alta de R$ 1 a R$ 2 por arroba, mesmo com a arroba 15% mais cara em dólar do que um ano atrás.

Segundo Rosa, antes de "saírem subindo" o preço pago pelo boi, os frigoríficos irão adotar estratégias de abater menos por dia, falhar dias de abate, pagar mais por lotes grandes e aumentar o raio de compra.

O analista afirma ainda que provavelmente o preço padrão de cada praça vai deixar de existir, com negociações caso a caso. Conforme o site especializado em pecuária Beefpoint, os frigoríficos estão dando preferência para lotes grandes e próximos das plantas, que vem obtendo diferencial de preço.