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 | 17/02/2005 15h44min

Ministro russo visitará Brasil para conhecer produção de carne

Fim do embargo às exportações brasileiras está em negociação

O ministro da Agricultura da Rússia, Alexei Gordeiev, fará visita oficial ao Brasil até o início de abril para conhecer o agronegócio brasileiro. A informação foi confirmada pela Embaixada do Brasil em Moscou ao ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.

A ênfase da visita deve ser o sistema de produção de aves, bovinos e suínos do país, com o objetivo de evitar novos problemas comerciais com Moscou. A Rússia suspendeu as importações do Brasil em setembro de 2004 desde a descoberta de um foco de aftosa no Amazonas. Um primeiro foco da doença foi registrado em junho no município de Monte Alegre, no Pará. O registro interrompeu um período de 34 meses sem foco da doença no rebanho brasileiro.

Rodrigues revelou que ainda nesta semana será encaminhado a Moscou novo relatório com informações adicionais sobre o sistema de vigilância sanitária do Brasil, em resposta a questionamentos feitos pela Rússia. O envio de uma nova missão do governo brasileiro ao país dependerá da avaliação que Moscou fará dessas informações.

Desde setembro a Rússia vem reduzindo as restrições ao produto brasileiro. Em novembro Moscou autorizou as compras de carne bovina, suína e de frango de Santa Catarina, único Estado considerado área livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Em fevereiro a Rússia suspendeu o embargo à carne de frango produzida em todos os Estados brasileiros, com exceção do Pará e Amazonas.

Em Porto Alegre, o governador gaúcho Germano Rigotto afirmou que irá esperar até o fim da semana por uma posição sobre embargo da Rússia ainda em vigor contra a produção de carnes suína e bovina de vários Estados brasileiros. Depois deste prazo, o governo gaúcho pretende questionar na Justiça o fato de o Ministério da Agricultura emitir certificados de exportação para a Rússia apenas para a produção de Santa Catarina. Rigotto já determinou estudo da questão à Procuradoria Geral do Estado.

Com informações do Ministério da Agricultura e governo do Rio Grande do Sul.

 

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