| 28/01/2005 15h00min
O governador Germano Rigotto obteve uma vitória na sua defesa de que o Ministério da Agricultura deveria tomar providências para solucionar o embargo da Rússia à carne suína do Rio Grande do Sul. Pouco antes da solenidade de abertura da 12ª Fenavinho, realizada na manhã desta sexta, dia 28, Rigotto recebeu do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, na sede da Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves, a informação de que foi enviada uma longa carta ao governo russo, em nome do governo federal brasileiro, solicitando o fim da retaliação ao produto gaúcho, por não haver justificativas técnicas para isso.
Rigotto já havia manifestado ao ministro e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outras ocasiões a sua discordância com o tratamento privilegiado que vem sendo dado a Santa Catarina, que não sofre restrição de sua carne suína, embora seja um estado livre de aftosa sem vacinação, enquanto o Rio Grande do Sul é livre com vacinação. Na última terça, dia 25, o assunto foi discutido por Rigotto também com o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, em Florianópolis.
– Não há como continuar com esta situação. O setor de carnes está perdendo muito com o privilégio a um Estado, porque não vacina o rebanho, em prejuízo dos demais, que vacinam. O ministro disse que há uma nova posição do Itamaraty, que está acionando a Rússia para acabar com o embargo – afirmou o governador.
De acordo com Roberto Rodrigues, não há mais o que discutir do ponto de vista técnico.
– Todos os argumentos nesse sentido foram apresentados ao governo russo, uma comissão técnica já esteve aqui, em novembro e dezembro, verificando todas as áreas de produção, e todos os requisitos foram atendidos. Então não existe mais por que continuar com o embargo – sustentou, ressaltando que, no seu entender, a decisão russa não tem motivos técnicos, mas, possivelmente, razões políticas que ele ainda não conseguiu compreender.
O texto da correspondência encaminhada à Rússia foi elaborado com a participação de Rodrigues e do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
– Se dentro de no máximo 10 dias não houver mudança de posição, o próprio presidente da República, instado pelo governador Germano Rigotto, estará disposto a entrar na discussão e, se for o caso, estudaremos medidas sanitárias em nível nacional – adiantou Rodrigues.
As informações são do site do governo do Estado do RS.
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