| 27/01/2005 08h47min
Os debates sobre os rumos da economia tendem a ser os principais do Fórum Econômico Mundial, como se viu na tradicional mesa-redonda na abertura do evento nesta quarta, dia 26, em Davos, na Suíça. Parte do primeiro time de analistas de mercado financeiro alertou os países emergentes – entre eles o Brasil, bastante lembrado – sobre as conseqüências de um ajuste para cima das taxas de juros nos Estados Unidos. O primeiro dia do encontro nos alpes suíços também lembrou flagelos sociais, na voz de líderes como o francês Jacques Chirac.
Em uma consulta a 700 participantes, o combate à pobreza foi eleito a prioridade número 1, com 64,4% dos votos. Em segundo lugar ficou a globalização eqüitativa, com 54,9% dos votos (cada participante pôde escolher mais de um item). A mudança climática foi indicada como terceiro assunto mais importante, com 51,2% dos votos.
O combate à pobreza envolveria três desafios: o mundo rico deverá financiar a infra-estrutura e facilitar o acesso aos mercados, os países pobres deverão promover transparência no governo, educação, eqüidade de gêneros e assistência à saúde, e o ingrediente-chave para os países pobres deve ser a disposição de ajudar a si mesmos.
Promover o comércio mais justo e criar instituições globais mais representativas são algumas das condições apontadas para a globalização mais eqüitativa. E, em sessão especial, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, defendeu uma ação internacional contra a mudança climática.
Organizado desde 1971, Davos sempre teve espaço para discussões na área social, mas algo mudou. Coincidência ou não, em 2003, pela primeira vez presente no evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou a campanha global de combate à fome e à miséria – e, desde então, o pudor no trato de temas sociais parece menor, como demonstra relatório produzido pela própria organização do Fórum Econômico Mundial, divulgado no lançamento do Fórum de Davos.
As informações são de Zero Hora.
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