| 02/12/2004 10h30min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve enviar nos próximos dias uma correspondência aos seus colegas dos países da América do Sul conclamando-os a assumir um conjunto de ações para eliminar a febre aftosa na região até 2009. O anúncio foi feito nesta quarta, dia 1º, pelo ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, ao participar da abertura da I Reunião Extraordinária do Comitê Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (Cohefa), na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em Brasília.
O Brasil deve eliminar a aftosa antes do prazo fixado pelo Cohefa, diz Rodrigues. Atualmente apenas os circuitos pecuários Norte e Nordeste convivem com a doença. Sul, Centro-Oeste e Leste – onde estão 85% das 195 milhões de cabeças do rebanho bovino brasileiro – são livres de aftosa com vacinação.
– Devemos erradicá-la em 2005 ou, máximo, em 2006 – destacou Rodrigues.
O governo destinou R$ 150 milhões de recursos orçamentários para a defesa sanitária em 2005, "mais do que o dobro do que o alocado em 2004", informou o ministro.
Rodrigues defende o combate à aftosa em toda a América do Sul para evitar o retorno da doença.
– Enquanto ela não for erradicada em toda a região, sempre conviveremos com o risco do seu retorno.
Bolívia, Equador, Venezuela e Norte e Nordeste do Brasil são as áreas prioritárias de combate à doença no hemisfério. As regiões Amazônica, Andina e do Cone Sul vão exigir projetos bi ou tri-nacionais. O programa prevê ainda o reforço das redes de laboratórios de diagnósticos e de produção de vacinas e o fortalecimento do sistema continental de vigilância e de informação.
As informações são do Ministério da Agricultura.
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