Autoridades russas ainda avaliam os documentos apresentados nessa terça, dia 21, pela missão brasileira que está em Moscou. O embargo às carnes brasileiras não tem data para acabar. O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, disse, no entanto, que carnes já estocadas nos portos podem ser exportadas sem restrição.

Para tentar avançar nas negociações, representantes do setor privado vão continuar na Rússia até sábado. De Moscou, o diretor da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antônio Camardelli, afirmou que o prejuízo com o embargo, de US$ 4 milhões por dia, não afeta apenas o Brasil. Consumidores russos também são prejudicados, já que, com o problema de abastecimento, os preços da carne suína se elevaram.

Durante a reunião com autoridades russas, a missão brasileira explicou que o foco de febre aftosa no Amazonas, confirmado há 12 dias, fica distante das áreas habilitadas para exportação.

Mesmo sem conseguir resolver o problema da carne, o Brasil liberou as importações de trigo russo. O cereal contaminado com fungo vai ter de passar por um tratamento químico antes de desembarcar nos portos brasileiros. Os custos serão arcados pelos importadores.

As informações são do jornal Zero Hora.