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 | 20/09/2004 20h19min

Embargo russo à carne brasileira afeta empresas de SC

Sindicarnes acredita que medida é mais um jogo comercial

O embargo russo à carne brasileira, provocado pela descoberta de um foco de aftosa na Amazônia, começou nesta segunda-feira, dia 20. Praticamente todas as agroindústrias de Santa Catarina, que exporta principalmente suínos, foram afetadas pela medida.

A Bondio, de Guatambu, tinha três contêineres de 25 toneladas cada um para embarcar nesta semana. O diretor agropecuário da empresa, Valmor Masson, disse que a entrega será adiada até que ocorra a liberação, que espera ocorrer em breve.

O gerente administrativo da Welby, empresa de fiscalização que presta serviço ao governo russo, Vladimir Prestes, disse que não houve embarques nesta segunda. Prestes acredita que a situação será normalizada em 10 dias.

O presidente do Sindicato das Indústria de Carnes e Derivados de Santa Catarina (Sindicarnes), Paulo Ernani de Oliveira, também acredita que a situação será normalizada em duas semanas.

Oliveira disse que as agroindústrias devem continuar abatendo normalmente e estocando a produção até a liberação. Oliveira acredita que o embargo é apenas mais um jogo comercial, para que o Brasil apresente contrapardidas no comércio entre os dois países.

Para o secretário de Agricultura de Santa Catarina, Moacir Sopelsa, o Brasil precisa definir urgentemente um novo sistema de classificação junto a Organização Internacional de Epizootias, para que o Estado não seja prejudicado a cada foco no Norte. Sopelsa disse que há uma política mole em relação à erradicação da aftosa.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve manter contato com o presidente russo, e o vice, José de Alencar, está na Rússia juntamente com empresários brasileiros.

As informações são do Diário Catarinense.

 

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