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Presidente da CNA diz que embargo russo teve motivação comercial

Brasil foi o principal exportador mundial de carne bovina em 2003

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antônio Ernesto de Salvo, afirmou, em nota, que o embargo russo à carne bovina brasileira, suspenso nesta quinta-feira, dia 30, foi provocado principalmente por questões comerciais e não por questionamento à situação sanitária do rebanho nacional. Segundo Ernesto de Salvo, ao atingir posição de destaque como exportador de commodities agrícolas, o Brasil tornou-se alvo de estratégias que utilizam como subterfúgio assuntos sanitários para obter vantagens comerciais.

– A alegação de problemas sanitários muitas vezes esconde problemas comerciais – diz o presidente da CNA.

Em 2003, o Brasil foi o principal exportador mundial de carne bovina, superando os Estados Unidos e a Austrália.

As importações de carne bovina brasileira pela Rússia foram suspensas em 18 de junho, depois de confirmado foco de febre aftosa no município de Monte Alegre, no norte do Pará. Desde então, fiscais do governo russo sediados no Brasil deixaram de emitir certificados sanitários para exportação, impedindo as remessas de carne bovina. Ernesto de Salvo lembrou, porém, que a região onde se registrou a doença não é considerada livre de aftosa, ou seja, não produz carne para exportação.

– Não havia risco de que a carne vendida para a Rússia contivesse o vírus causador da doença –afirmou.

O presidente da CNA lembra que o Brasil atendeu as exigências do mercado internacional, ao informar à Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE) o surgimento de febre aftosa no país.

– O que faltou ao Brasil foi informar também seus clientes, para que não ficassem sabendo do episódio somente pela OIE – diz de Salvo.

A CNA mantém a projeção de que o Brasil irá exportar cerca de 1,5 milhão de toneladas de carne bovina em 2004, gerando receita de US$ 2 bilhões. No ano passado, o país exportou 1,3 milhão de toneladas de carne bovina, com faturamento de US$ 1,5 bilhão.

As informações são da Agência Brasil.

 

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