A Justiça deu sete dias para que os colonos desocupem a Fazenda Guerra na cidade gaúcha de Coqueiros do Sul. O juiz da 1ª Vara da Comarca de Carazinho, Alexandre Kreutz, conversou com o comandante da Polícia Militar no município. Após a reunião, a Brigada Militar informou que na próxima quinta, dia 13, terá condições de fazer a retirada dos invasores.

Um dos coordenadores do Mobimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Rio Grande do Sul, Silvio dos Santos, disse que a decisão do grupo, que veio de acampamentos de Palmeira das Missões e Júlio de Castilhos, é de permanecer na fazenda, invadida em 2 de abril, de onde não sairá de forma pacífica.

Nesta tarde, uma marcha com mais 250 integrantes do MST entrou na Fazenda Guerra. Não há ruralistas nas imediações. Os colonos se unem a outros 700 agricultores que acampam há mais de um mês no local. Os integrantes do MST acampados na propriedade ampliaram as barricadas para impedir uma eventual ação policial. Os donos da área querem o imediato cumprimento da reintegração de posse da área. Uma audiência no Fórum de Carazinho terminou sem acordo.

Os proprietários da fazenda conseguiram na Justiça a reintegração de posse da área em 7 de abril. Segundo Alexandre Kreutz, na primeira reunião, realizada há 30 dias, houve comprometimento do ex-superintendente regional do Incra César Aldrighi de que o órgão apresentaria uma proposta concreta ao MST. Entretanto, o órgão não apresentou nenhuma proposta. O Incra foi representado em Carazinho pelo superintendente interino Roberto Kiel, acompanhado por advogados da instituição.

As informações são da Rádio Gaúcha.