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Aproximadamente cem metros separam desde esta terça-feira, dia 4, um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e um ponto de monitoramento de produtores rurais ligados ao Sindicato Rural de Carazinho. Tanto o acampamento quanto o posto de vigilância dos ruralistas foram montados no km 3 da RS-142, em Carazinho, no norte do Rio Grande do Sul.
Nesta quarta-feira, dia 5, os sem-terra devem desfazer o acampamento e prosseguir a marcha iniciada em 24 de abril, em Cruz Alta, com destino a Coqueiros do Sul, onde outro grupo ligado ao MST invadiu, em 2 de abril, a Fazenda Guerra. Segundo líderes da marcha, os cerca de 250 manifestantes devem atravessar Carazinho pela Avenida Flores da Cunha, a principal da cidade.
A chegada a Coqueiros do Sul está prevista para esta quinta-feira, dia 6, data em que termina o prazo estabelecido em um acordo extra-oficial para que os 700 sem-terra que invadiram a Fazenda Guerra deixem a área. Uma reunião
entre os invasores e o Incra,
porém, marcada para as 11h desta quinta, pode mudar o rumo do acordo:
– Vamos esperar para ver se o Incra vai cumprir sua parte no trato. Se eles não cumprirem, também poderemos deixar de fazer o que estava combinado –alerta Silvio dos Santos, um dos coordenadores estaduais do MST.
A bordo de caminhonetes e exibindo grandes bandeiras verdes, os produtores passaram em frente ao acampamento recém erguido pelos colonos, que respondiam com gritos e palavras de ordem.
O motorista de uma caminhonete Chevrolet D-20 que trafegava de Não-Me-Toque para Carazinho registrou queixa junto à Polícia Rodoviária Estadual (PRE) contra os sem-terra. Segundo ele, ao passar pela marcha, um dos manifestantes desferiu um golpe com o mastro de uma bandeira e quebrou parte do pára-brisa dianteiro do veículo. O MST nega a agressão.
Ainda na terça, o desembargador Guinter Spode, da 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado (TJ), concedeu
efeito suspensivo à ação de reintegração de posse
que havia sido concedida pela Justiça Estadual de Carazinho no dia 27 de abril à Coviplan, concessionária que administra a BR-386. Com isso, os cerca de 450 manifestantes ligados ao Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), acampados há mais de uma semana às margens do km 163 da rodovia, em Almirante Tamandaré do Sul, podem permanecer no local até nova determinação judicial.
Segundo o despacho do desembargador, %26quot;ainda não está claro a quem compete definir a situação em Almirante Tamandaré do Sul, uma vez que os manifestantes ocupam uma área de uma rodovia federal, porém cuja concessão foi dada à concessionária pelo governo estadual%26quot;.
As informações são do jornal Zero Hora
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