| 19/04/2004 10h29min
Produtores rurais do Oeste do Rio Grande do Sul montaram na manhã desta segunda, dia 19, postos de observação em 20 pontos da fronteira oeste do Estado. Os fazendeiros mantém sob vigília terrenos em que integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) estão acampados.
A zona rural dos municípios de Bagé, Livramento, São Gabriel e Rosário do Sul está sendo monitorada pelos produtores, que garantem poder reunir mais de 500 pessoas em menos de uma hora para expulsar agricultores sem-terra na ocorrência de uma eventual invasão.
No Rio Grande do Sul três áreas foram ocupadas por integrantes do MST desde o início do Abril Vermelho – onda de invasões programada pelos agricultores para pressionar a realização da reforma agrária pelo governo federal. Na manhã deste domingo cerca de 200 agricultores ligados ao Movimento de Pequenos Agricultores (MPA) e ao MST invadiram uma fazenda de 2,3 mil hectares em Almirante Tamandaré do Sul, na região de Carazinho, no norte do Rio Grande do Sul. Os proprietários pediram reintegração de posse da área, e garantem que a fazenda Agropecuária Sazão S.A é produtiva.
Na última quarta, dia 14, a fazenda Bom Sossego, localizada no município gaúcho de Cruz Alta, foi ocupada por cerca de cem integrantes do MST. Os manifestantes deixaram a área no dia seguinte depois que a Justiça concedeu a reintegração de posse ao proprietário. A Fazenda Guerra, localizada em Coqueiros do Sul, no norte do Rio Grande do Sul, está ocupada desde o último dia 2 por cerca de 700 sem-terra. Os manifestantes prometeram sair do terreno assim que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) indicar um local para assentamento das famílias.
As informações são da Rádio Gaúcha
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