| 29/03/2004 12h14min
A semana começou com muito trabalho a ser feito na cidade de Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul, após a passagem do ciclone Catarina. Moradores de 1,2 mil residências se cadastraram junto à Defesa Civil do Estado para receber lonas e telhas para a reconstrução de telhados. Comerciantes também trabalham para retirar cacos de vidros, restos de placas e marquises quebradas no centro da cidade.
Conforme o major Guido Mello, comandante do Corpo de Bombeiros de Torres, as telhas doadas pelo governo do Estado são aguardadas para o começo da tarde desta segunda, dia 29. Os bombeiros trabalham para retirar árvores caídas das vias públicas, e também auxiliam os moradores na colocação de lonas e telhas. A CEEE colocou 14 equipes nas ruas de Torres e proximidades para restabelecer o fornecimento de energia até o final da tarde. Cerca de 5 mil residências ainda estão sem luz, e a situação mais grave é registrada em Itapeva, onde cerca de 30 postes precisam ser trocados.
Durante a manhã o governo realizou reunião no Palácio Piratini para definir as ações de auxílio aos moradores do litoral norte do Estado atingidos pelo temporal que devastou também o litoral sul de Santa Catarina na madrugada do último domingo. A Defesa Civil entrega até o fim da tarde 8 mil telhas aos moradores de Torres, que devem ser somadas a outras 3 mil telhas doadas pelo gabinete da primeira-dama.
A Brasil Telecom também trabalha para restabelecer totalmente os serviços de telefonia fixa até o final da tarde. Cerca de mil usuários da empresa ainda estão sem linha em Torres. Na telefonia móvel, a Vivo informa que 90% do serviço já foi reestabelecido, mas uma antena de retransmissão precisa de reparos. A Claro e a TIM informam que o serviço está normalizado, mas ainda há registro de queda no sinal em função de danos em uma antena na área do Farol. Em Três Cachoeiras, município vizinho a Torres, os problemas com telefonia ainda atigem 50% da população.
Em Santa Catarina a passagem do ciclone também provocou muita destruição. Aproximadamente 20 cidades foram atingidas pelos fortes ventos de até 150 km/h, e milhares de construções foram danificadas. Em São João do Sul, uma das cidades mais atingidas, ainda não há luz nem água. Dos 7,5 mil habitantes do município ao menos 1,5 mil tiveram prejuízos em suas casas e lavouras.
Em Araranguá a Polícia Militar informa que o fornecimento de energia elétrica e água já estão normalizados, e os serviços de telefonia estão sendo restabelecidos aos poucos. Nenhuma rodovia próxima ao município está interditada. Os ventos atingiram 50% das casas da cidade e destelharam 10% das residências. No município vizinho de Arroio dos Silva, 70% das moradias foram danificadas pelos fortes ventos e 10% foram destelhadas. Os trabalhos de reconstrução já iniciaram.
O trânsito na BR-101 no trecho entre Laguna e Osório, que ficou obstruído durante parte do domingo em função da queda de árvores provocada pelo ciclone, já está totalmente normalizado. Segue bloqueada apenas a RS-439, que liga os municípios de Cambará do Sul e Prainha. O desvio no local é feito por uma via lateral e não há previsão de liberação do trecho.
Com informações da Rádio Gaúcha.
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