| 16/03/2004 15h23min
A greve dos fiscais do Ministério da Agricultura está causando transtornos na fronteira do Brasil com o Paraguai. Na Ceasa de Foz do Iguaçu, está faltando mercadoria, e na estação aduaneira, os caminhões não podem seguir viagem sem a liberação das cargas. O Paraguai não aceita mercadorias sem o laudo fitossanitário.
Também devido à greve, a Argentina suspendeu o carregamento de frutas e o Paraguai deixou de mandar cerca de 200 cargas de soja e milho que deveriam ir para o porto de Paranaguá nesta terça-feira, dia 16. Dos 535 caminhões que estão no pátio da estação aduaneira, onde são liberadas as cargas de importação e exportação, pelos menos 350 não podem seguir viagem porque dependem da liberação do Ministério da Agricultura.
A Ceasa de Foz do Iguaçu tem 59 comerciantes que recebem uma média de 400 toneladas diárias de frutas, verduras e legumes. Metade disso vai para o Paraguai. No entanto, devido à greve dos fiscais, as vendas estão paradas. Os grandes importadores paraguaios estão preferindo comprar no mercado argentino o que trará reflexos para o comércio local.
Segundo o gerente da Ceasa, Valdinei dos Santos, a diminuição da comercialização nesta terça-feira foi de quase 40%. Ele descartou entretanto o risco de desabastecimento nos mercados da região porque dentro do Brasil o trânsito de mercadorias é livre, a fiscalização só é feita nos produtos de exportação e importação. A greve dos fiscais porém não atrapalha o embarque da soja no porto de Paranaguá. Pela manhã não choveu no litoral, mesmo assim a fila para o desembarque tem se mantido em torno dos 40 quilômetros.
As informações são da Agência Brasil.
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