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Após aprovarem a greve por tempo indeterminado em assembléia realizada no Ginásio Tesourinha, em Porto Alegre, cerca de 3 mil servidores da segurança pública fizeram um ato de protesto em frente ao Palácio Piratini na tarde desta segunda, dia 15. Os manifestantes deixaram o Tesourinha em uma caminhada, passando pela Avenida Érico Verissimo e subindo pela Borges de Medeiros.
Um cordão de isolamento da Brigada Militar foi montado em frente ao portão de acesso principal do Palácio Piratini, na rua Duque de Caxias. O trânsito na região foi paralisado.
No final da tarde, representantes dos servidores foram recebidos pelo Chefe da Casa Civil, Alberto Oliveira. Oliveira prometeu manter o diálogo aberto com a categoria, mas não sinalizou com nenhuma possibilidade de reajuste e nem estabeleceu um prazo para o início das negociações. Voltou a falar sobre a situação difícil no tocante às finanças e lembrou que ainda é necessário resolver a questão das compensações previdenciárias, da compensação pelas exportações e da reestruturação do Estado como um todo.
– Pela total transparência da relação entre o governo e os servidores e pelo conhecimento das dificuldades financeiras pelas quais passa o Estado, sabemos que não podemos dar um passo que não possamos cumprir – disse Alberto Oliveira.
Participam da greve todas as entidades da segurança pública do Estado: Brigada Militar, Polícia Civil, Instituto Geral de Perícias (IGP) e Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). A categoria reivindica reajuste de 28% mais a gratificação por dedicação exclusiva e protesta contra o parcelamento dos salários. A greve será instaurada a partir da próxima segunda, dia 22.
Apesar da paralisação, os serviços essenciais serão mantidos. A Polícia Civil, por exemplo, realizará flagrantes de homicídios, estupros e casos de maior gravidade. O IGP só fará laudos de necropsia e a Susepe manterá 30% do efetivo em
funcionamento por questões de
segurança.
A Brigada Militar deverá fazer uma operação padrão, mantendo um número mínimo de policiais e viaturas nas ruas. Apenas os veículos que estiverem em perfeitas condições serão utilizados. Policiais sem colete à prova de balas ou com coletes em más condições não trabalharão. O mesmo serve para viaturas com pneus gastos.
Com informações da Rádio Gaúcha.
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