A greve da Polícia Federal, que teve início na manhã desta terça, dia 10, em todo o Brasil, atingiu no Estado todas as delegacias parando vários trabalhos, como os de investigação. Somente os delegados permanecem nas delegacias. Os demais agentes mantém serviços essenciais como no setor de imigração dos aeroportos, nos portos e nas aduanas. A emissão de passaportes está suspensa, a não ser em casos de comprovada urgência.

Desde a zero hora desta terça, 14 agentes e quatro escrivães da PF de Passo Fundo, que atende a 143 municípios das regiões Norte e Noroeste, estão paralisados. Em Pelotas, cerca de 30 agentes da PF aderiram à mobilização da categoria.  Em Porto Alegre, os servidores se reuniram na frente do prédio da PF, na Zona Norte.

Uma estimativa da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) aponta adesão nacional de 90%. Como resposta imediata à greve, o diretor da Polícia Federal (PF), Paulo Lacerda, editou uma portaria determinando o controle rigoroso da assinatura de ponto para que sejam descontados os dias parados.

Os agentes reivindicam a correção da tabela de vencimentos. De acordo com lei federal de 1996, para ingressar na PF passou a ser necessário curso superior. Os salários básicos, no entanto, permaneceram de nível médio. A equiparação equivale a um reajuste de 50%. Segundo o deputado federal Paulo Pimenta, o governo deve apresentar uma contraproposta até o final desta semana. As informações são do jornal Zero Hora.