Agentes da Polícia Federal iniciaram às 8h desta terça, dia 9, paralisação por tempo indeterminado. No Estado, a paralisação atinge 600 servidores, conforme o Sindicato dos Policiais Federais do Rio Grande do Sul (Sinpef). Os grevistas reivindicam equiparação salarial com as categorias de nível superior.

Na Capital, grande parte dos agentes se reuniram em frente à sede da PF com cartazes e faixas. A paralisação impede a emissão de 120 passaportes por dia. O controle de chegada e saída de estrangeiros não foi afetado pela greve no aeroporto Salgado Filho.

Apenas serviços emergenciais, plantões e custódias de presos estão sendo mantidos. Já emissão de passaportes, registro de armas e principalmente as investigações vão ficar prejudicadas. A expectativa do Sinpef é que a adesão chegue a 90% dos agentes.

As delegacias no interior do Estado também aderiram ao movimento, sendo que nos postos de fronteira está sendo realizada apenas operação padrão, assim como nos portos e aeroportos. Em Rio Grande, o trabalho de fiscalização no porto foi mantido. Apenas na quarta, dia 10, os agentes vão começar operação padrão. Em Santo Ângelo, os funcionários se vestiram de preto e ficaram na frente da delegacia.

Os federais cruzam os braços em busca do cumprimento da Lei 9.266, de 1996, a regular os cargos de nível superior no serviço público brasileiro. O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Francisco Garisto, disse na segunda, dia 8, que os grevistas prenderão servidores administrativos da PF que estiverem realizando o trabalho dos agentes. A Fenapef conta com 12 mil filiados em todo o país.

Segundo a Fenapef,  30% do efetivo da corporação será mantido em serviço, percentual exigido por lei, mas avisa que incluirá nesse cálculo os delegados e peritos, que não vão aderir ao movimento. A intenção é fazer com que os delegados façam o trabalho que normalmente cabe aos agentes.

As informações sao da Rádio Gaúcha e RBS TV.