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O governo federal vai tentar manter o texto do Estatuto do Desarmamento nesta terça, dia 21, quando vai à votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Para tentar aprová-lo sem que o texto seja desfigurado, o chefe da Casa Civil, José Dirceu, se reunirá com líderes partidários pela manhã, horas antes da sessão marcada para as 15h.
A presença de Dirceu foi negociada pelo próprio relator do projeto, deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP). Parlamentares contrários ao Estatuto também traçaram estratégias. O PFL, cuja bancada está dividida, substituiu Darci Coelho (TO) pelo gaúcho Onyx Lorenzoni, que promete uma performance idêntica à da votação da reforma da Previdência, quando foi um dos mais contundentes opositores do governo.
O governo calcula que tem maioria para aprovar o texto, mas prevê dificuldades. As maiores resistências estão na própria base, no PTB e no PMDB. Mesmo que o governo consiga aprovar o texto, os deputados que se opõem à restrição às armas apresentarão destaques para votação em separado, como na questão do referendo sobre a proibição de vendas de armas previsto para 2005 e do qual Greenhalgh não abre mão.
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