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Um dos responsáveis pelo Prêmio Nobel da Paz afirmou nesta sexta, dia 29, que o brasileiro Sérgio Vieira de Mello não pode ser indicado e que as regras não serão mudadas para tornar possível a homenagem póstuma.
– Houve um prêmio póstumo, a Dag Hammarskjold, em 1961, mas as regras mudaram depois e isso não é mais possível – disse Geir Lundestad, diretor do Instituto Nobel na Noruega.
Vieira de Mello chefiava a missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no Iraque e foi morto no dia 19 quando um carro-bomba atingiu a sede da entidade, em Bagdá. No ataque, mais 22 pessoas morreram.
Ao ser questionado sobre se a direção do Nobel estudaria a possibilidade de mudar as regras, Lundestad disse que a mudança dos estatutos leva muito tempo e não há planos de fazer isso.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan dividiu o Prêmio Nobel com a organização internacional que dirige em 2001. No ano seguinte, o vencedor foi o ex-presidente norte-americano Jimmy Carter.
O vencedor do prêmio deste ano, que recebe o equivalente a US$ 1,2 milhão, será anunciado na metade de outubro e, segundo especialistas no assunto, não há favoritos. O fundador e custeador da premiação, Alfred Nobel, inventor da dinamite, desejava que o dinheiro doado fosse usado para promover a paz ou para a realização de pesquisas.
No caso de um candidato morto ser premiado, os herdeiros dele ficariam com o dinheiro, o que contrariaria o espírito do instituto. O líder indiano Mahatma Ganhdi – talvez a mais evidente omissão da lista dos laureados – foi indicado em 1947 e 1948. Mas foi assassinado em janeiro de 1948, antes do prazo final para indicações, que terminavam em fevereiro. O comitê do Nobel não premiou ninguém em 1948, dizendo que não havia "nenhum candidato vivo com condições'' de ganhar o Nobel.
As informações são da agência Reuters.
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