| 28/08/2003 13h
O corpo do diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, morto em um atentado contra a sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Bagdá, no último dia 19, foi enterrado nesta quinta, dia 28, no Cimetiere des Rois (Cemitério dos Reis), no centro de Genebra, na Suíça. O diplomata atuou durante grande parte da carreira na sede da ONU em Genebra.
Antes do enterro, presenciado por poucos amigos e familiares, cerca de 500 pessoas acompanharam uma cerimônia na igreja católica Saint-Paul. Participaram da cerimônia Nane Annan, mulher do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e Louise Frechette, vice-secretária-geral da ONU.
A ex-mulher e os dois filhos do diplomata brasileiro chegaram com o carro fúnebre e entraram na igreja sem dar declarações à imprensa. O caixão foi carregado por seis pessoas, depois de ser benzido por um sacerdote e saudado por uma formação de honra dos guardas de segurança da ONU.
Entre as pessoas que seguraram o caixão estavam três ex-guarda-costas de Vieira de Mello. No fim da tarde (horário local), o Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU, que foi dirigido por Vieira de Mello, organizará um ato em sua homenagem.
Vieira de Mello, 55 anos, foi morto na explosão de um caminhão-bomba contra a sede da ONU em Bagdá. Outras 22 pessoas morreram na explosão, que deixou mais de cem feridos.
O enterro do corpo do brasileiro ocorreria, inicialmente, em Thonon-les-Bains, um cidade francesa perto de Genebra, onde ele vivia. Autoridades de Genebra convidaram a família a sepultá-lo no Cimetiere des Rois, reservado às personalidades que marcaram a história internacional ou daquele país.
O Cimetiere des Rois abriga os túmulos do religioso francês do século 16 João Calvino, do escritor argentino e ganhador do Prêmio Nobel Jorge Luis Borges (1899-1986) e de diversos políticos suíços. Vieira de Mello é a primeira alta autoridade da ONU a ser enterrada lá.
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