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O Conselho de Segurança da ONU foi informado pelo Alto Comissário de Direitos Humanos, Sérgio Vieira de Mello, sobre a fragilidade da proteção aos funcionários que estão no Iraque. A afirmação foi feita pelo coordenador-residente do Sistema da Organização das Nações Unidas no Brasil, Carlos Lopes.
Segundo Lopes, Vieira declarou ao Conselho de Segurança da ONU que a instituição era muito vulnerável no Iraque e pediu que refletissem sobre as implicações desta condição. Lopes qualificou o atentado como um ato de covardia, pois as Nações Unidas não são um alvo militar, que dispusesse de polícia ou exército para protegê-las.
O coordenador não quis apontar culpados pelo ataque e afirmou que duvida que alguém assuma essa responsabilidade.
– Pessoalmente, creio que nunca haverá reivindicação por este atentado, porque é um ato tão covarde que duvido haja alguém disposto a reivindicar responsabilidade pelo que aconteceu – afirmou Lopes.
Ele lamentou a morte do alto comissário de Direitos Humanos e lembrou que Vieira de Mello teve participação destacada na mediação dos principais conflitos ocorridos no mundo nos últimos trinta anos. Teve participação no Líbano, Sudão, Ruanda e Kosovo, na ex-Iugoslávia. Também auxiliou no processo de reconstrução de Moçambique e Timor Leste, após a independência deste país.
Atualmente no Iraque, Vieira de Mello atendia a uma designação provisória de quatro meses. A estada por um período tão curto foi um pedido, pois não queria criar a impressão de que estava desfavorecendo os direitos humanos no mundo para dar prioridade a um só país.
As informações são da agência Brasil.
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