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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nestas terça e quarta, dias 17 e 18, para avaliar se mantém ou altera a taxa de juros básica da economia do país, hoje em 26,5% ao ano.
Nesta segunda, dia 16, o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, garantiu que o Copom vai tomar a decisão certa quanto aos juros.
– Vamos deixar o Copom em paz, vamos aguardar – disse.
No último mês, a política econômica do governo de manter os juros elevados foi alvo de muita polêmica. A decisão de manter a Selic em patamares elevados provocou pressão dos setores produtivos por uma redução do percentual e críticas até mesmo dentro da própria cúpula do governo.
Somente na última semana, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e um grupo de mais de 200 economistas pediram mudanças na economia.
Outro foco de pressão vem das duas maiores centrais sindicais do país. Luiz Marinho, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) cobrou pessoalmente do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, a redução da Selic, enquanto a Força Sindical convocou manifestação em que espera reunir 5 mil trabalhadores no centro de São Paulo. "Com os juros nas alturas, os trabalhadores não compram, as indústrias não produzem e o desemprego cresce. O Copom precisa baixar substancialmente a taxa de juros na reunião de quarta-feira", afirma nota assinada pelo presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. Marinho, da CUT, levou a Palocci a proposta de os sindicatos fecharem acordos com as empresas e os bancos para tentar reduzir os juros para os trabalhadores. A idéia é negociar taxas mais baixas para empréstimos com desconto em folha de pagamento.
Também na semana passada, o Copom ganhou dois novos integrantes, sem direito a voto. O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, alterou o regulamento para permitir a participação de um terceiro consultor, além do seu assessor especial, João Batista do Nascimento Magalhães, ex-chefe de gabinete do ex-ministro da Fazenda Pedro Malan.
Os novos integrantes passam a ter assento apenas na primeira etapa da reunião, quando são feitas avaliações de conjuntura econômica para subsidiar a decisão dos diretores do BC com direito a voto, no dia seguinte. Pelas regras anteriores, o presidente do BC tinha direito a indicar dois consultores, que agora serão três. Além do assessor de imprensa que já participava, também o assessor especial, que também lida com a imprensa, se necessário, fará parte do comitê que fixa a taxa de juros básica Selic.
Com informações da agência Brasil.
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