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Paim acredita que taxação de inativos será revista pelo governo

Senador gaúcho não votará a favor do texto original da reforma da Previdência

O senador gaúcho Paulo Paim (PT) assinalou nesta segunda, dia 26, em entrevista concedida ao programa Atualidade, da Rádio Gaúcha, a possibilidade de a proposta de taxação de inativos apresentada no projeto de reforma previdenciária sofrer alterações. Ele está otimista com a repercussão dos diálogos que vem tendo com os integrantes do Executivo.

Caso esteja enganado em relação às mudanças, ele destacou que não abrirá mão de seu princípios e que, portanto, não aprovará a contribuição caso o texto original seja votado no Senado. Ele não negou a possibilidade de sair do PT, como declarou em entrevista ao programa Frente a Frente, da TVE, se o partido o obrigar a apoiar a atual redação da reforma.

A partir das declarações esperançosas de Paim, é possível antever modificações especialmente na taxação de inativos. Ele frisou que está negociando – inclusive com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva – e que se encontrará com o ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, nos próximos dias para a construção de um grande acordo.

Sobre a possibilidade de ir contra as prerrogativas do partido, Paim declarou estar convicto que isso não irá ocorrer. O senador crê que não será necessário ir de encontro à proposta governista, pois tem certeza que através do diálogo o encaminhamento original da taxação dos inativos será alterado.

De acordo com ele, surgiram propostas alternativas, durante os diversos debates que fez com membros do governo e especialistas na questão previdenciária. Uma delas é que a questão seja discutida nas assembléias legislativas, já que os Estados exigiram essa contribuição. Outra é a inclusão da taxação na proposta tributária. Paim ressaltou que os quatro pontos mais polêmicos da reforma previdenciária são: a ausência de regra de transição; a contribuição de inativos; a questão dos pensionistas e da paridade.


Sobre a possibilidade de expulsão dos três integrantes do PT – deputados Luciana Genro (RS), João Batista Araújo (PA), o Babá, e senadora Heloísa Helena (AL) – ele declarou que não gostaria que ninguém fosse apartado da sigla. Para explicar as divergências que surgiram dentro do PT, Paim disse que o partido não teve sabedoria para construir uma alternativa para as propostas. O senador elogiou a atuação do governo petista na questão do risco-Brasil e do câmbio, além de frisar a expectativa positiva para a retomada do crescimento. Segundo ele, o único entrave, até este momento, era a reforma da Previdência. 

Além disso, Paim disse ser a favor da cota para negros nas universidades brasileiras. Sobre os 20% de vagas reservadas, ele afirmou que é apenas um número simbólico. Cada Estado deverá debater qual será o percentual destinado para os negros.

As informações são da rádio Gaúcha.

 

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