| 31/03/2003 09h25min
Depois de duas semanas, a trajetória de queda com a qual as instituições financeiras trabalhavam para projetar o índice de inflação para 2003 voltou a se elevar. A taxa do Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) de 12,19% passou neste final do mês de março para 12,26%. A pesquisa Focus, apresentada nesta segunda, dia 31, revela também que o mercado financeiro manteve praticamente estáveis as previsões médias dos indicadores macroeconômicos nacionais em 2003.
As estimativas obtidas pela autoridade monetária brasileira junto a cem insituições financeiras do país revelam um indicador superior à meta ajustada de inflação para este ano, que é de 8,5%. Na semana passada, o BC disse na ata de sua última reunião que o avanço dos preços previsto para 2003 poderia justificar a elevação da meta para 9,5%.
Na projeção anterior, as bombas lançadas sobre o Iraque não davam sinais de alta nos preços. A previsão apontava para uma variação média nos preços de 12,19%. O bom resultado junto às instituições financeiras decorria da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter os juros em 26,5%, adotando, porém, o viés de alta. Tal medida foi vista como um indicador de que o BC não está disposto a dar trégua à inflação se o cenário de guerra passar a atuar sobre os indicadores econômicos.
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a mediana das expectativas indica um crescimento de 1,97% neste ano, quase a mesma previsão da semana retrasada, de 1,98%. Para 2004, a estimativa média permaneceu em 3%.
Os analistas mantiveram a estimativa média para o superávit da balança comercial de US$ 16,2 bilhões em 2003 e de US$ 16,38 bilhões em 2004. A projeção para a entrada de investimentos estrangeiros também permaneceu igual: de US$ 13 bilhões para este ano e de US$ 15 bilhões para o próximo.
A expectativa média dos analistas para o déficit das contas correntes brasileiras em 2003 ficou em US$ 4 bilhões (contra US$ 4,3 bilhões da semana retrasada). O valor esperado para 2004 baixou de US$ 5 bilhões para US$ 4,65 bilhões.
Com informações da Globo News e da agência Reuters.
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