| 24/04/2008 20h43min
Uma onda de rumores atiçou o mercado nesta quinta-feira com a perspectiva de que a Petrobras poderá anunciar um reajuste dos preços da gasolina e do diesel nos próximos dias, depois de 31 meses sem repassar para o mercado doméstico a alta internacional do valor do barril do petróleo.
Os rumores, não confirmados pela estatal, já movimentavam o mercado com a última subida do preço do barril, que bateu na casa dos US$ 120, mas ganhou mesmo força com a reunião que aconteceria na noite desta quinta-feira entre o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, em Brasília. A reunião foi cancelada em cima da hora e não houve a remarcação de uma nova data.
Segundo fontes do governo, há uma queda de braços sobre a decisão de reajustar ou não os preços dos dois combustíveis, que são os mais representativos nos resultados da empresa, correspondendo a 60% do faturamento da estatal. Por outro lado, a gasolina tem um peso de
5% na inflação, e o
diesel, de 1%.
Segundo esta mesma fonte do governo, há uma pressão do mercado para que a companhia repasse a alta, pelo menos em parte, para absorver o impacto negativo que poderá registrar em seus resultados neste ano, caso continue sustentando os atuais níveis de cotação, sendo obrigada a importar óleo a um preço mais alto e vender por até 30% menos no caso do diesel ou 18% no caso da gasolina.
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