Os contratos futuros do petróleo fecharam em leve alta, com o mercado preocupado com o declínio dos estoques dos derivados nos EUA e problemas na produção no exterior.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato futuro com vencimento em junho subiu US$ 0,23, ou 0,19%, para US$ 118,30 o barril. O contrato do petróleo Brent para junho, negociado em Londres, subiu US$ 0,51, ou 0,44%, para US$ 116,46 o barril, valor recorde.

A divulgação dos dados do Departamento de Energia dos Estados Unidos para a semana encerrada em 18 de abril desacelerou, pelo menos temporariamente, a alta meteórica que levou o barril de US$ 100 para quase US$ 120 neste mês de abril. Os estoques de petróleo cresceram mais do que o dobro do que os analistas esperavam, embora os ganhos tenham sido inteiramente na região isolada da costa Oeste.

O crescimento no estoque, que levou a uma rápida queda nos preços no petróleo, não foi suficiente para afastar os temores em relação à oferta mundial. Cerca de 170 mil barris por dia do produto nigeriano continuam parados depois de um ataque a um oleoduto no início da semana.

A BP também estuda paralisar seu sistema de oleoduto Forties de 700 mil barris por dia se a greve numa refinaria no Reino Unido continuar. Tanto o Mar do Norte quanto a Nigéria produzem petróleo com pouco enxofre e outras impurezas, o que torna o produto ideal para a produção de gasolina.

— A onda de venda aqui revelou-se uma oportunidade (de compra) — disse o analista sênior de commodity da corretora optionsXpress em Chicago, Mike Zarembski. Embora os estoques de gasolina continuem acima da média em cinco anos, a oferta caiu rapidamente nas últimas semanas, ampliando os temores sobre os níveis dos estoques antes do pico da demanda no verão (no hemisfério Norte).

Para a semana encerrada em 18 de abril, os estoques de gasolina caíram 3,2 milhões de barris, enquanto os analistas esperavam, na média, queda de 2,1 milhões de barris. As informações são da agência Dow Jones.