As bolsas européias encerraram esta quarta-feira em alta e estenderam os ganhos neste início de trimestre, apesar do presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, Ben Bernanke, ter traçado um cenário gélido para a economia americana nos próximos seis meses. Pela primeira vez, ele afirmou que recessão é uma possibilidade no país, devido ao aumento do desemprego, ao declínio do consumo e às falhas no mercado imobiliário. No entanto, as bolsas européias, lideradas pelos bancos, subiram. As altas, contudo, não foram tão expressivas como as de ontem.

Em Londres, o índice FT-100 encerrou com valorização de 1,08%, em 5.915,9 pontos, em sessão marcada por volatilidade. As ações do Royal Bank of Scotland (RBS) subiram 5,7% e as do Old Mutual avançaram 6,2%. O índice parisiense CAC-40 subiu 0,94%, para 4.911,97 pontos. Por lá, os bancos também foram destaque. Os papéis do BNP Paribas fecharam em alta de 3,1%, enquanto os da seguradora AXA encerraram o dia com valorização de 3,7%.

Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX-30 terminou com elevação de 0,85%, em 6.777,44 pontos. Corretores falaram que o desempenho positivo em Wall Street ontem e hoje contribuíram com a alta da bolsa alemã. Os papéis do Commerzbank encerraram com ganho de 6,1%, mas os da Daimler caíram 1,8%. A Bolsa de Milão também parece ter ignorado Bernanke e subiu, sustentada pelos bancos, como suas correspondentes européias. O índice S&P Mib avançou 1,78%, para 33.575 pontos. As ações do UniCred subiram 4% e as do IntesaSanpaolo fecharam com alta de 2,9%.

Em Madri, o Ibex-30 subiu 1,02%, a 13.838,7 pontos. Os papéis da construtora Sacyr lideraram os ganhos na bolsa espanhola e avançaram 5,2%. No mercado de ações português, o destaque foi a Portugal Telecom, cujos papéis subiram 5,4%. Os investidores portugueses gostaram do plano da tele de investir no serviço IPTV. O índice PSI-20 subiu 1,89%, para 10.871,57 pontos.