| 17/03/2008 10h56min
A aversão ao risco continua dando o tom aos negócios na manhã desta segunda-feira e é o fator predominante também no mercado futuro de juros. As projeções das taxas a partir dos contratos futuros de depósitos interfinanceiros (DIs) negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) iniciam o pregão em alta, refletindo a falta de apetite dos investidores, diante do quadro de nervosismo no Exterior, depois do Federal Reserve (Fed), banco central americano, ter cortado a taxa de redesconto (linha de socorro aos bancos), numa reunião emergencial ontem à noite, e o JPMorgan Chase anunciar a compra do banco de investimentos Bear Stearns por apenas US$ 2 por ação.
As bolsas desabaram na Ásia e as européias seguem o mesmo caminho. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) não resistiu ao pessimismo externo e também abriu o pregão em forte queda, de 3,57%. Às 10h24min, já caia 4,15%. Na BM&F, o juro projetado pelo vencimento de DI em janeiro de 2010 estava em 13,24% ao ano por volta
das 10h,
ante a taxa de 13,09% no final da sexta-feira passada. O DI de janeiro de 2009 projetava 12,31% esta manhã, de 12,25% na sexta-feira.
A compra do Bear Stearns pelo JPMorgan a preço de liquidação e a redução emergencial da taxa de redesconto pelo Fed de 0,25 ponto percentual, para 3,25%, ambos anunciados ontem, não estancam as preocupações sobre a gravidade da atual crise global de crédito. Para a taxa Selic (juro básico da economia brasileira), o mercado ainda manteve a projeção inalterada, em 11,25% ao ano, para o final de 2008.
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