| 17/03/2008 09h58min
Com o nervosismo externo, o dólar à vista abriu em alta de 1,28% na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), negociado a R$ 1,735. Os analistas avaliam que as tensões internacionais continuarão determinando a trajetória do dólar ante o real, suplantando qualquer efeito das medidas tomadas na semana passada referentes ao mercado de câmbio. Pelo menos enquanto os movimentos forem fortes e uníssonos nos diferentes mercados, como ocorre na manhã desta segunda-feira, em que o clima de apreensões prevalece na precificação dos diferentes ativos.
O mercado global amanheceu nervoso, com demonstrações de elevação no sentimento de aversão ao risco, depois de ver o Federal Reserve (Fed), banco central americano, cortar emergencialmente a taxa de redesconto (linha de empréstimos de curto prazo aos bancos) em 0,25 ponto percentual para 3,25% ao ano, ontem à noite, e o JPMorgan Chase anunciar a compra do banco de investimentos Bear Stearns por apenas US$ 2 por ação. As bolsas desabaram na Ásia e
o mesmo
caminho está sendo traçado pelo mercado acionário europeu. Os índices futuros das bolsas americanas também sinalizam mais um dia de perdas.
A queda do juro do redesconto nos Estados Unidos, se de um lado proporciona o alívio na busca por liquidez por parte das instituições financeiras e mostra, mais uma vez, um BC americano disposto a ajudar a solucionar os problemas atuais do sistema, por outro, levanta a possibilidade de problemas ainda maiores. Nesta semana, o Fed reúne-se de novo, dessa vez, na reunião periódica prevista e os especialistas esperam mais um recuo do juro. O corte aguardado é na taxa dos Fed Funds, de 0,75 ponto percentual a um ponto percentual, o que pode levar a taxa básica nos EUA a 2% ao ano. Paralelamente, espera-se a divulgação de resultados de bancos e, neles, a constatação de mais perdas.
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