O índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) à vista abriu o pregão desta quinta-feira em baixa e cedia 0,18% a 64.512 pontos, às 11h11min. Apesar da bolsa brasileira ser bastante concentrada em ações de empresas relacionadas a matérias-primas (commodities), que exibem forte alta de preços no Exterior, o investidor mostra-se cauteloso hoje no início dos negócios, refletindo o tom negativo das bolsas americanas e européias.

O que afeta negativamente os negócios no mercado global de ações nesta manhã é o novo recorde estabelecido pelo petróleo, na sessão eletrônica da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex). O barril do contrato com vencimento em abril chegou a valer US$ 105,97, influenciado pela desvalorização do dólar em relação a outras moedas (euro, iene, libra esterlina) e também com as notícias sobre uma pequena explosão na Times Square, em Nova York.

Na esteira do petróleo, os metais básicos e preciosos também são procurados pelos investidores. O cobre, em Londres, atingiu novo recorde mais cedo, em US$ 8,82 mil por tonelada. O níquel avançava 5,2%, para US$ 35,15 mil a tonelada, maior nível em oito meses. O ouro à vista se aproxima cada vez mais da marca de US$ 1 mil a onça-troy (equivalente a 31 gramas), com máxima até agora de US$ 992,55.

Nos Estados Unidos, o mercado espera a divulgação das vendas pendentes de imóveis, às 12h, e os números das vendas no varejo. O índice Nasdaq Futuro registrava baixa de 0,47% às 11h10min e o S&P 500 futuro caía 0,75%. Como ontem o Ibovespa encerrou a sessão em alta de 1,53%, os investidores podem aproveitar esse mau humor externo para embolsar ganhos hoje. Porém, alguns analistas não descartam uma virada da bolsa durante o pregão se o mercado em Nova York apresentar melhora.