| 19/02/2008 08h25min
O primeiro relatório parcial da perícia técnica da Polícia Federal (PF) sobre o contêiner de onde teriam sido furtados segredos estratégicos da Petrobras, enviado na segunda-feira ao Instituto Nacional de Criminalística (INC), indica que o local do crime foi severamente violado.
O atraso no início das investigações e o manuseio do contêiner por leigos depois do roubo apagaram provas e tornaram imprestáveis os vestígios que restaram. O furto foi notado em 31 de janeiro, mas só começou a ser investigado vários dias depois, e a cena do crime ficou alterada.
Não se sabe sequer, com segurança, se o equipamento roubado — quatro notebooks, dois discos rígidos e dois pentes de memória, que continham informações estratégicas da estatal — tinha sido de fato embarcados no contêiner da empresa responsável pelo transporte, a Halliburton.
A carga saiu do Porto de Santos no dia 18 de janeiro. No caso de o equipamento não ter sido embarcado, o suposto arrombamento
do cadeado do contêiner e violação
do seu conteúdo teriam sido uma farsa para despistar o sumiço do material.
O governo trabalha com a hipótese de que a Petrobras tenha sido alvo de espionagem industrial, a serviço de interesses nacionais ou estrangeiros, ou ambos. Mas a PF não descarta a possibilidade de tratar-se de crime banal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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