| 15/02/2008 15h12min
O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, deputado federal Vieira da Cunha (PDT), afirmou em entrevista à Rádio Gaúcha que se as suspeitas sobre o furto de informações sigilosas da Petrobras forem confirmadas, o furto deve ser tratado como espionagem industrial grave. Segundo o deputado gaúcho, como os dois notebooks e o disco rígido retirados de dentro de um contêiner em um navio de bandeira estrangeira, a questão pode ter conseqüências no campo diplomático de relações internacionais.
Vieira afirmou que a Câmara está entrando em contato com o Senado e que ambas as casas legislativas devem pedir explicações à Petrobras em uma reunião a ser realizada já na próxima segunda-feira.
— Trata-se de um mercado competitivo. Bilhões de dólares estão envolvidos nas operações. Todos os ingredientes levam a crer que estamos diante de um caso de sabotagem e de espionagem industrial — declarou Vieira.
Segundo o deputado o furto
pode ter envolvido o compartilhamento de informações que, segundo ele, são fruto de anos de investimento em pesquisa.
— Isso é grave, nos roubarem informações que foram feitas com investimentos da Petrobras, ou seja, com dinheiro nosso. Não é possível que venha um pirata internacional, nos roube, e fique por isso mesmo — afirmou.
O deputado informou ainda que o Congresso vai indagar à Petrobras sobre as causas de um material tão importante estar sendo transportada em navio estrangeiro.
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