| 19/02/2008 05h
Aos 81 anos, depois de 49 anos no poder, Fidel Castro assegura que não aceitará mais os cargos de presidente do Conselho de Estado e comandante-em-chefe de Cuba. A mensagem do líder que encabeçou a Revolução Cubana em 1º de janeiro de 1959 foi publicada no Gramma, jornal oficial cubano.
Fidel convalescia de uma doença que lhe obrigou a delegar provisoriamente suas atribuições a seu irmão Raúl Castro em julho de 2006. Agora, Raúl deve substituí-lo em definitivo. No comunicado, Castro afirma seu desejo sempre foi "cumprir o dever até o último suspiro". Leia trechos da mensagem:
"Comunico que não aspirarei nem aceitarei; repito, não aspirarei e nem aceitarei, os cargos de presidente do Conselho de Estado e comandante-em-chefe."
"Conhecendo meu crítico estado de saúde, muitos no Exterior pensavam que a renúncia provisória ao cargo de Presidente do Conselho de Estado, em 31 de julho de 2006, que deixei nas mãos do primeiro
vice-presidente, Raúl Castro Ruz, era
definitiva."
"Era incômoda minha posição frente a um adversário que fez todo o imaginável por desfazer-se de mim e em nada me agradava comprazê-lo."
"Por outro lado, preocupo-me sempre, ao falar de minha saúde, evitar ilusões que no caso de um desenlace adverso, trariam notícias traumáticas a nosso povo no meio da batalha. Prepará-lo para minha ausência, psicológica e politicamente, era minha primeira obrigação, depois de tantos anos de luta. Nunca deixei de assinalar que se tratava de uma recuperação 'não isenta de riscos'."
"Meu desejo sempre foi cumprir o dever até o último alento. É o que posso oferecer."
Gráfico mostra a trajetória do líder cubano:
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