| 30/01/2008 19h08min
O secretário de Justiça dos Estados Unidos, Michael Mukasey, se recusou nesta quarta-feira a definir como tortura o método de interrogatório conhecido como "asfixia simulada", alegando que essa não é mais utilizada atualmente e se encontra proibida. Numa sessão no Senado, a primeira da qual participou desde que foi confirmado no cargo em novembro, ele disse que daria sua opinião legal sobre o polêmico método de tortura se esse estivesse em uso. Como não é o caso, não considerava "apropriado" pronunciar-se.
Quando submetida a uma asfixia simulada ("waterboarding", em inglês), a pessoa é amarrada a uma espécie de maca e tem a cabeça inclinada para trás, os olhos vendados e a cabeça coberta por uma toalha. O torturador joga água sobre o rosto da pessoa, na região do nariz e da boca, fazendo-a ter a sensação de estar se afogando. Embora seja proibido pelo Pentágono e a CIA, o método gerou polêmica há alguns meses, depois que se descobriu que a agência central de inteligência americana
destruiu fitas de
vídeo de 2005 que continham imagens de interrogatórios em que supostos terroristas eram submetidos ao afogamento simulado.
Mukasey disse hoje que é compreensível que os legisladores tenham grande interesse em conhecer sua opinião legal sobre o tema. No entanto, alegando "a ausência de fatos e circunstâncias" que comprovem a utilização do método, declarou que seria inadequado "emitir um julgamento sobre a legalidade dessas técnicas". O secretário também disse que se essa fosse uma questão fácil de abordar, "não seria tão reticente" em dar seu ponto de vista.
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